quinta-feira, novembro 7

O mordomo da Casa Branca

A história do mordomo negro Eugene Allen, que trabalhou 34 anos para oito presidentes americanos e presenciou as maiores crises de seus governos

Em mais de dois séculos, a Casa Branca foi ocupada por 43 presidentes. Nenhum deles, contudo, passou tanto tempo em suas dependências quanto Eugene Allen (1919-2010), um simples serviçal cuja trajetória é resgatada no filme “O Mordomo da Casa Branca”. Allen, que era negro como todos os trabalhadores da copa e cozinha, serviu oito governantes (o primeiro foi Harry Truman). Compareceu diariamente e por 34 anos ao prédio neoclássico, em Washington, sem registrar uma ausência. Ao morrer, o telejornal mais visto no país noticiou: “Poucos americanos conseguiram acompanhar tanto a história e poucos estiveram tão próximos do poder.”
Allen estava na Casa Branca quando os Kennedy chegaram devastados de Dallas, após o assassinato de JFK. Foi convidado, mas não compareceu ao enterro para poder permanecer no posto, sendo presenteado por Jackie Kennedy com uma gravata do falecido marido. Colocou-a numa moldura.
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DISCRETO

Allen veste seu antigo uniforme e, mais jovem, no aniversário

de Gerald Ford (abaixo) na Casa Branca: no centro do poder

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Foi também ele quem cuidou das dores de estômago de Lyndon Johnson, quando manifestantes exigiam o fim da Guerra do Vietnã, do lado de fora. Sua receita: uísque com leite. No filme, Allen recebeu o nome de Cecil Ganes, é interpretado por Forest Whitaker e aparece um pouco glamorizado. Na realidade, ele não começou como mordomo: entrou para o staff em 1952 para lavar louças e lustrar a prataria. Antes, havia passado por hotéis e clubes frequentados por racistas endinheirados, onde aprendeu que para sobreviver num mundo segregado era melhor não opinar sobre política e nunca dirigir a palavra, a não ser se perguntado. Ou seja: fingir-se invisível.
Foi notado, claro. Dwight Eisenhower, pintor de domingo, fez para ele uma paisagem. Gerald e Betty Ford o tratavam por Gene e celebravam o seu aniversário nas salas íntimas do palacete: ele completava anos no mesmo dia em que nascera o presidente. Era tão querido do casal Reagan que um dia Nancy disse-lhe: “Amanhã não precisamos dos seus serviços.” Allen achou que havia ganhado uma folga, mas, na verdade, estava sendo convidado para jantar com a mulher na visita oficial do chanceler alemão Helmut Kohl. À mesa, tomou o champanhe que havia estocado no dia anterior.
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NO CINEMAForest Whitaker interpreta Allen no filme 


Tudo isso poderia parecer um nobre exemplo de integração racial, caso não estivessem ecoando nas ruas as maiores manifestações pelos direitos civis. A situação incendiária, marcada por mortes e linchamentos da população negra, obrigou a Casa Banca a partir para resoluções drásticas que Allen, entre uma e outra rodada de chá, ouvia sem se fazer notar. Um dos momentos mais tensos deu-se com a decisão de Eisenhower de enviar tropas federais para garantir a presença de estudantes negros na Little Rock School, em Arkansas. Nessas crises, Allen chegava a ser consultado. Aconselhou o mesmo Eisenhower a relevar o cancelamento da transmissão televisiva de um show de Nat King Cole, argumentando que haveria um boicote do público sulista aos anunciantes.
Até então desconhecida, a história de Allen foi descoberta pelo jornalista Wil Haygood, autor do livro “O Mordomo da Casa Branca” (Novo Século). Após a vitória, o presidente Barack Obama convidou Allen para a área vip na cerimônia da posse – e não para um jantar, como mostra o filme. Chamou-o de um autêntico patriota. Sua trajetória teria contribuído para a mudança de mentalidade que abriria espaço para os ex-secretários de Estado Colin Powell e Condoleezza Rice, dizem os estudiosos. Por essa lógica, Allen seria o anti-Edward Snowden por excelência, o homem que meteu a língua nos dentes sobre as informações confidenciais de vigilância americana. Sem nunca comentar nada do que se passava dentro da Casa Branca – nem com a mulher ou o próprio filho –, o mordomo que sabia demais revelou apenas a ponta do iceberg do que viu e ouviu no centro de decisões do planeta.IEpag92e93Mordomo-2.jpg
Fonte: ISTOÉ

A Ku Klux Klan e suas ações

Até o fim da década de 60, a Ku Klux Klan era a mais poderosa das organizações racistas e secretas dos Estados Unidos. Seu lema: a supremacia da raça branca. Seu objetivo: impedir a integração racial. E os meios para conseguir isto eram o terror, a violência, a intimidação. Veja a reportagem exibida no Fantástico, há 30 anos.

  

A atitude violenta e destrutiva da Ku Klux Klan, conforme no documentário, apenas retrata o tipo de pessoas que eles queriam ter em seu país. De igual maneira é a intolerância religiosa, que fez (e ainda faz) muitos grupos pacíficos sofrerem abusos físicos e terem seus direitos humanos negados por autoridades manipuladas pelo clero. Tal como na Idade Média.
                                                      

quarta-feira, novembro 6

Martin Luther King Jr.

Foi um pastor protestante e ativista político estadunidense. Tornou-se um dos mais importantes líderes do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, e no mundo, com uma campanha de não violência e de amor ao próximo.  

Um ministro Batista, King tornou-se um ativista dos direitos civis no início de sua carreira. 
Ele liderou em 1955 o boicote aos ônibus de Montgomery e ajudou a fundar a Conferência da Liderança Cristã do Sul (SCLC), em 1957, servindo como seu primeiro presidente. Seus esforços levaram à Marcha sobre Washington de 1963, onde ele fez seu discurso "I Have a Dream".  
"Eu Tenho um Sonho" (em inglês: I Have a Dream) é o nome popular dado ao histórico discurso público feito pelo ativista político estadunidense Martin Luther King, no qual falava da necessidade de união e coexistência harmoniosa entre negros e brancos no futuro. 
O discurso, realizado no dia 28 de agosto de 1963 nos degraus do Lincoln Memorial em Washington, D.C. como parte da Marcha de Washington por Empregos e Liberdade, foi um momento decisivo na história do Movimento Americano pelos Direitos Civis. 
Feito em frente a uma platéia de mais de duzentas mil pessoas que apoiavam a causa, o discurso é considerado um dos maiores na história e foi eleito o melhor discurso estadunidense do século XX numa pesquisa feita no ano de 1999. 
De acordo com o congressista John Lewis, que também fez um discurso naquele mesmo dia como o presidente do Comitê Estudantil da Não-Violência, "o Dr. King tinha o poder, a habilidade e a capacidade de transformar aqueles degraus no Lincoln Memorial em um púlpito moderno. Falando do jeito que fez, ele conseguiu educar, inspirar e informar não apenas as pessoas que ali estavam, mas também pessoas em todo os EUA e outras gerações que nem sequer haviam nascido". 


 




A sociedade pautada pelo preconceito


Engana-se quem pensa que o preconceito racial acabou ele ainda é comum nos dias de hoje, engana-se mais ainda se você pensa que só pessoas comuns sofrem preconceito, isso já aconteceu ou continua acontecendo com pessoas que você nunca imaginaria. Muitos famosos relatam que já sofreram preconceito pela cor de sua pele, um exemplo dessas é o tão famoso presidente dos Estados unidos, é ele mesmo o Barack Obama que sofreu preconceito racial até nas suas eleições. Além dele muitos famosos sofreram preconceito. Veja a lista a baixo: 

Taís Araújo 
Lázaro Ramos 
Glória Maria 
Thalma de Freitas 
Dudu Nobre 
Rihanna 
Anderson Silva 
Seu Jorge 
Chris Rock 
O que podemos concluir disso é que o preconceito esta presente em todos os lugares e ele nos afetam direta ou indiretamente você querendo ou não. Fica o recado para os preconceituosos: mesmo você achando que você é melhor que ele por causa da cor de sua pele saiba que ele pode ser melhor que você no futuro. 
                              

Funcionária sofre discriminação racial de cliente na fila do cinema

A Polícia Civil investiga a denúncia de discriminação racial em um shopping da Asa Norte, na tarde do último domingo. O acusado fugiu após clientes e funcionários do estabelecimento chamarem seguranças do centro comercial. Os agentes tentam identificar o suspeito por meio de imagens do circuito interno e dos depoimentos das testemunhas. Até a noite de ontem, no entanto, ele não havia sido encontrado. A vítima é a atendente de cinema Marina Serafim dos Reis, 25 anos. De pele negra, ela trabalhava na bilheteria quando um homem de aproximadamente 40 anos começou a confusão na fila para compra dos tíquetes. Ele teria chegado atrasado à sessão e queria passar na frente dos demais. Os insultos começaram quando a funcionária disse que ele teria de esperar. “Ele disse que meu lugar não era ali, lidando com gente. Falou que eu deveria estar na África, cuidando de orangotangos ”. Indignados, clientes e funcionários acionaram a segurança, mas o homem conseguiu fugir. A 5ª Delegacia de Polícia (Área Central) investiga o caso.

Marina Serafim dos Reis, a vítima, diz que nunca enfrentou algo parecido: 'Fiquei muito nervosa, me senti humilhada' (Ed Alves/CB/DA Press)
Marina Serafim dos Reis, a vítima, diz que nunca enfrentou algo parecido: "Fiquei muito nervosa, me senti humilhada"

O acusado chegou a comprar o ingresso para assistir ao filme Habemus Papam, mas não conseguiu chegar até a sala. Quando percebeu a reação dos demais espectadores na fila, caminhou rápido até as escadas rolantes. Vídeos gravados pela segurança interna do shopping mostram o momento em que o homem começou a correr pelo shopping na fuga. As testemunhas o chamavam de racista e pediam aos vigilantes que o detivessem. Mas ele correu até o carro. “Conseguimos ouvir os gritos e ainda tentamos segui-lo, mas ele conseguiu entrar no carro e fugir”, contou um segurança, que preferiu não se identificar. 



Preconceito nos quadrinhos



Definição de Preconceito Racial

O preconceito racial é o que mais se abrange em todo o mundo, pois as pessoas julgam as demais por causa de sua cor, ou melhor, raça. Antigamente, era comum ver-se negros africanos acompanhados de belas louras nórdicas ou de outras partes da Europa. Não existia o menor preconceito entre esses casais nem em relação a eles. Para os brasileiros, porém, era algo inédito e escandaloso; faziam-se piadas insinuando que o sucesso dos negros se devia ao fato de que eram muito bem dotados anatomicamente para o sexo. Uma visão preconceituosa típica, que procurava desqualificar o negro e que escondia, às vezes, uma boa dose de inveja.